Projeto ‘Mãos à Horta’ da escola técnica do Cetam em Silves muda vida de idosos da cidade
A Escola de Educação Profissional e Tecnológica (EEPT) Prof. Wilson Carvalho Pereira, localizada no município de Silves (distante 204 km da capital), em parceria com o Centro de Convivência do Idoso (CCI) da cidade, mudou a rotina de 80 idosos por meio do projeto “Mãos à Horta”.
A iniciativa nasceu de uma conversa informal entre o instrutor do curso Técnico em Agropecuária, Shermam Rodrigo Dácio de Melo e a coordenadora do Centro de Convivência do Idoso (CCI) de Silves, Pamela Oliveira.
A demanda partiu do desejo dos idosos em cultivar uma horta própria, incentivando hábitos alimentares saudáveis e proporcionando benefícios terapêuticos.
“O contato com a natureza promove bem-estar físico e mental, além de reduzir estresse e ansiedade”, destacou Petyane Oliveira, gestora da escola Cetam em Silves.
Engajamento da comunidade escolar
O projeto conta com a participação de 28 alunos do curso técnico em Agropecuária do Cetam, que se mobilizaram, juntamente com os estudantes dos cursos de Gás e Energia e Eletromecânica, para arrecadar aproximadamente mil garrafas PET recicláveis para a construção dos canteiros.
As garrafas foram recolhidas nas cidades de Silves e Itapiranga. “Essa foi uma solução sustentável, que além de beneficiar o meio ambiente, envolveu a comunidade em uma causa social”, explicou a gestora.
Horta como ferramenta educativa e terapêutica
A horta, instalada nas dependências da unidade do Cetam, será mantida por 80 idosos com o apoio dos alunos do Cetam, que ministrarão treinamentos práticos sobre cuidados com as plantas.
“A participação ativa dos idosos vai além da produção de hortaliças. Eles sentirão o impacto positivo na autoestima e no bem-estar, ao mesmo tempo que aprendem técnicas de plantio e manejo”, destacou Shermam Melo, instrutor responsável pelo projeto.
Escolha do nome e implementação em tempo recorde
O nome “Mãos à Horta” foi escolhido pelos alunos do curso técnico em Agropecuária, com destaque para a sugestão de Luís Paulo Seixas, que também contribuiu com a arte na área da horta.
Em menos de 30 dias, a ideia saiu do papel para se tornar realidade, graças ao esforço conjunto da comunidade acadêmica local.
Educação aplicada à vida real
Integrado ao componente curricular “Prática Profissional Supervisionada I – Agricultura”, o projeto oferece aos alunos a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido em sala de aula, além de promover um impacto direto na comunidade.
A horta agora simboliza mais que um espaço de cultivo: é uma semente de aprendizado, inclusão e transformação social.
Fotos: divulgação Cetam de Silves